Palavras do Rabino Pablo Berman
01 de outubro de 2021
Shabat Parashat Bereshit
As três primeiras palavras da
Torá não têm significado em hebraico, escreve o Rabino Ilay Ofran. As três
primeiras palavras na Bíblia, no texto fundador do povo judeu, da religião
judaica, da cultura judaica por gerações e talvez de toda a humanidade, são
palavras que ninguém jamais entendeu.
"Bereshit, Gênesis" - não podemos entender ou definir o conceito de tempo, mas apenas como medi-lo. A consciência humana é incapaz de compreender o infinito, então, quando ouvimos a palavra "Bereshit, Gênesis", sempre perguntamos "e, o que era antes?" E não conseguimos compreender o que é um começo que não tem um precedente.
"Bará, Criou" - o ser humano não pode criar nada, está limitado pela lei da conservação da matéria. Sabemos montar materiais, desmontá-los, alterar o seu estado, e até mesmo produzir a partir deles ferramentas sofisticadas, mas não podemos "criar". Podemos criar “Iesh meiesh”, ou seja, criar uma coisa, de uma outra coisa que já existe, mas nunca “criar do nada” que chamamos "iesh meain". Nossas mentes têm dificuldade em entender como criar um objeto a partir de um material que não existia.
"Elokim, Deus" - simples e fácil: se o homem foi capaz de entender o que é Deus, sinal de que não é Deus. Assim, a Torá começa com três palavras, que o ser humano, por sua própria natureza, definição e essência, não pode compreender. Talvez para nos educar a ter um pouco de humildade ao iniciar a leitura do primeiro capítulo da Torá. Talvez para nos encorajar a explorar, exigir e se empenhar. Talvez para equiparar o estudo a um certo grau de reverência e admiração. Mas para aqueles que ainda conseguiram entender embora não seja apenas o significado dessas três palavras - a sequência pode resultar, um pouco menos complexa.
"Bereshit, Gênesis" - não podemos entender ou definir o conceito de tempo, mas apenas como medi-lo. A consciência humana é incapaz de compreender o infinito, então, quando ouvimos a palavra "Bereshit, Gênesis", sempre perguntamos "e, o que era antes?" E não conseguimos compreender o que é um começo que não tem um precedente.
"Bará, Criou" - o ser humano não pode criar nada, está limitado pela lei da conservação da matéria. Sabemos montar materiais, desmontá-los, alterar o seu estado, e até mesmo produzir a partir deles ferramentas sofisticadas, mas não podemos "criar". Podemos criar “Iesh meiesh”, ou seja, criar uma coisa, de uma outra coisa que já existe, mas nunca “criar do nada” que chamamos "iesh meain". Nossas mentes têm dificuldade em entender como criar um objeto a partir de um material que não existia.
"Elokim, Deus" - simples e fácil: se o homem foi capaz de entender o que é Deus, sinal de que não é Deus. Assim, a Torá começa com três palavras, que o ser humano, por sua própria natureza, definição e essência, não pode compreender. Talvez para nos educar a ter um pouco de humildade ao iniciar a leitura do primeiro capítulo da Torá. Talvez para nos encorajar a explorar, exigir e se empenhar. Talvez para equiparar o estudo a um certo grau de reverência e admiração. Mas para aqueles que ainda conseguiram entender embora não seja apenas o significado dessas três palavras - a sequência pode resultar, um pouco menos complexa.