Museu do Holocausto

Ao iniciar o julgamento de Adolf Eichmann (preso em Jerusalém, em 1961), o procurador do Estado de Israel Guideon Hansner declarou: “Estou aqui hoje para falar em nome de seis milhões de judeus que não podem mais se manifestar”. A inauguração do primeiro Museu do Holocausto no Brasil representa uma sensação equivalente, ao ceder a palavra e contar histórias dos que pereceram e dos que sobreviveram ao genocídio.

Narrativas que não podem ser esquecidas e que devem ser transmitidas às próximas gerações. Foi com este objetivo que nasceu o Museu do Holocausto de Curitiba. Inaugurado oficialmente em novembro de 2011, recebe semanalmente cerca de 800 pessoas, entre adultos e alunos de escolas públicas e particulares, num espaço de 400 m². Em quase oito anos de existência, o número de visitantes já ultrapassa a marca de 150.000.

Com uma vocação educativa e linha pedagógica bem definida, o Museu mostra os acontecimentos da guerra por meio de histórias de vítimas que têm ligação com o Paraná ou o Brasil. Trata-se de uma ferramenta contra a desumanização nazista. Também destaca a luta contra a intolerância, o ódio, a discriminação, o racismo e o bullying, tão relevante nos dias de hoje e fundamental para que o interesse pelas visitas fosse disseminado.

Hoje, é o único espaço do país que conseguiu unir os eixos de educação, memória e pesquisa com uma proposta museológica para o trabalho sobre a Shoá. Regularmente, organiza seminários e debates, assim como desenvolve materiais pedagógicos que buscam promover uma discussão abrangente sobre o preconceito e a violência ao longo dos séculos XX e XXI. A mensagem do Museu ao público curitibano, paranaense e brasileiro é: que a humanidade aprenda a conviver melhor e a respeitar as diferenças de cor, fé, etnia ou posições políticas.

Visitação ao Museu: GRATUITA, mediante agendamento por meio do site