Palavras do Rabino Pablo Berman

13 de novembro de 2020

Shabat Chaiei Sara, quando chega a hora da velhice

A morte de Sara vai causar uma grande tristeza na vida de Abraham. Uma dor que não terá consolo até o final dos dias de Abraham. No tempo em que Sara esteve ao lado do seu marido, Abraham teve forças, impulso e estímulo. A partir da partida de Sara, tudo mudou. Como nos relata o Midrash: “Kaftza alav zikna”, subitamente irrompeu nele a velhice. Foi Abraham aquele que trouxe a graça da velhice ao mundo. Para que pudessem todas os seres diferenciar um jovem de um velho. Um pai de um filho. Porque até Abraham, não existia a velhice no mundo. As pessoas que encontravam Abraham, pensavam que era Itzchak, e as pessoas que encontravam Itzchak diziam, “ele é Abraham”. Porque eles eram iguais. Até que chegou Abraham e pediu a Deus compaixão para que as pessoas possam distinguir um jovem de um ancião. E assim aconteceu. Deus ouviu a voz de Abraham e a partir dessa hora sinais da velhice começaram a surgir nas pessoas, para que todos os seres tivessem a oportunidade de honrar as pessoas mais velhas.  

Relatos judaicos muito antigos onde a velhice é um presente divino, um presente que iniciou lá com Abraham Avinu. Ele que trouxe ao mundo a possibilidade de honrar a todos os anciãos.